terça-feira, fevereiro 21, 2012

Facebook - uma máquina de lucro, espionagem e "curtição"

O Facebook tornou-se uma ferramenta poderosa, uma febre generalizada. Acredito que ele tenha materializado (ou virtualizado) as intenções potenciais da internet. É curioso como o Facebook nos remete à ideia do rizoma formulada pelo pensador francês Gilles Deleuze. Ou seja, da rede infinita de contatos, de "ramos" que se alastram num campo sem fim, invisível ao primeiro olhar. O jogo "inocente", no início, gera atrativos e especulações. A rede social formulada por Zuckenberg é um dos grandes eventos desse início de milênio. Não sei até quando ela continuará a ser essa febre.

Espanta-me como o Facebook alimenta necessidades emocionais e uma dependência psicológica no usuário. Ele fica horas e horas sem que se aperceba da noção de tempo. Numa espécie de devoção ao "curtir"; ele sai apertando e "bisbilhotando" a vida de suas supostas amizades. "Comentando". "Compartilhando". Criando e manipulando imagens. "Rindo" com uma escrita onomatopéica, que beira o rupestre. O usuário não se constrange em deixar lá seus dados - idade, nome completo, onde trabalha, telefone e outras informações. Uma pergunta nos surge: "Onde ficam amarzenadas essas informações? Para quem servem? Podem ser utilizadas por órgãos governamentais?"

Vale ressaltar que há algum tempo atrás a Inglaterra assistiu a uma série de manifestações proletárias (na cidade de Tottenham), que a mídia denominou como sendo de "pertubadores", "arruaceiros", "bandoleiros". A Scotland Yard, a famosa e poderosa polícia secreta da Inglaterra, para encontrar aqueles que haviam participado dos protestos, utilizou as redes sociais (Facebook, Twitter e Youtube) para encontrar os possíveis responsáveis. Ou seja, as redes sociais se tornaram em terminais poderosos de espionagem. Uma pergunta intrigante surge: "Futuramente, os usuários das redes sociais não correriam um risco sério, se os dados das contas caíssem em mãos erradas?". Durante a Segunda Grande Guerra, Hitler conseguiu capturar muitas das suas vítimas por causa de bancos de informações do Estado Alemão. Estamos nos referindo a uma época em que não se tinha instrumento tão poderoso quanto a internet. Nunca as grandes massas da contemporaneidade estiveram tão presas, amarradas e inseguras quanto estão agora. Outro aspecto curioso é que tudo isso é feita de forma voluntária. Ou seja, uma servião voluntária.

O Facebook tornou-se um nome poderoso. Atualmente, quase um sétimo da população da terra possui uma conta na rede social. Levando-se em conta que quase 2 bilhões têm acesso à internet, é como se 1 em cada 2 dos usuários tivessem uma conta na famosa rede social. As projeções são mais que otimistas. Zuckenberg caminha para ser um dos homens mais ricos do mundo. A empresa no ano de 2011, arrecadou US$ 3,2 bilhões de dólares somente com anúncios publicitários. Estima-se que a empresa valha 50 bilhões de dólares e a fortuna do jovem americano chegue aos 20 bilhões. Algo realmente que nos impressiona.

Zuckenberg enriquece com os cliques dos usuários. E estes cliques valem bilhões. E todos estão amarrados numa grande teia de interconexões.

Abaixo segue um link para um baita texto chamado "Facebook: como lucrar com uma máquina de espionagem". Pode ser encontardo AQUI.

Pontalina-GO/Brasília - DF

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